Algumas vezes nas conversas com amigos e amigas costumo reiterar minha teoria de que um boteco e uma mercearia na maior parte das vezes se fundem. Uma coisa pode nascer da outra. Geralmente uma mercearia começa a servir uma cervejinha no balcão, de forma despretensiosa. Para agradar seus fregueses, o dono coloca ali um queijinho, um amendoim, e quando percebemos saí uma carne de panela, um pernilzinho, dentre outras receitas, geralmente feitas na casa do dono da mercearia. Pronto, a mercearia graduou-se boteco e tornou-se ponto de encontro de amigos e amigas. Espaço para as horas que antecedem o almoço em dias de sábado ou domingo de sol. Ainda também, lugar bom de ver cair a noite.
No meu prodigioso bairro Santa Helena temos o Bar do Zé. Estrutura aparente de mercearia mas alma de boteco. Cerveja gelada sempre, uma decoração agradável que fala muito sobre o dono do local. Nas paredes você confere, através de fotografias, as aventuras do Zé por esse Brasil além de agora contarmos com um mural dedicado a memória recente do próprio bar.
O Zé, diga-se de passagem, é parte fundamental desse empreendimento. Sempre acolhendo seus fregueses, é também a garantia de uma boa conversa. Pessoa convicta, sábia, conhecedor da música popular brasileira, instrumentista de ouvido, muitas vezes nos brinda com umas dedilhadas no cavaquinho.
O Bar do Zé tem uma característica de exímio boteco, a freguesia fiel, que faz do lugar uma constante reunião de amigos. É possível ir até lá, tomar uma cerveja, comer um queijinho, um pernil (quando tem o pernil, recomendo experimentar) ouvir música da boa, seja nos discos de vinil da coleção do Zé, seja num bom samba que se forma ali casual.mente Diga-se de passagem, as rodinhas de samba de lá são daquelas mais excepcionais. Meu parceiro Carlos Fernando e meu grande amigo Alexandre, comparecem e dão brilho a música e a conversa.
Enfim, um lugar para a boa conversa e para molhar a garganta na companhia de amigos especiais.
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