Poesia

Poema de Bar 

Admiro a Graça da Aurora Ébria
Admiro o Exercicio Perene de Mensurar o Proprio Equilibrio
Admiro a Simples Tarefa de Ajustar a Retina
Ao Nosso Grau Etílico
Admiro a Teimosia e Inististência de Auto Conhecer Nosso Limite
Admiro a Minha Propria Vontade em Ser Poeta

  
por Eduardo Freitas, o Preá


Conheça o "Utopias, Ritmo e Poesia" de Eduardo Freitas

Twitter: @edufrei 



















Bigode & Xororó (Martelo-agalopado de dez pés)

 por Kadu Mauad

1.
Vou no Bar do Bigode & Xororó
na rua Chanceler Oswaldo Aranha.
pra comer o torresmo que acompanha
a cerveja gelada do esquimó.
Pra gelar a moleira e o gogó,
me aboleto num canto da área Vip,
petiscando a iguaria do acepipe,
bato um papo com quem esteja ao lado,
mas afim de levar papo asseado,
que é um xarope pra quem não participe.
2.
Cá no Bar do Bigode só se acerta
no dinheiro ou no cheque pré-datado.
Nunca vi pelo menos um coitado
ir-se embora e deixar a conta aberta;
talvez seja exceção tal descoberta.
Não se aceita cartão nem pendurado.
Isso ajuda aumentar o ordenado
do trabalho de gente, que é direita.
Todo mundo aqui dentro se respeita,
é por isso que o bar tem prosperado.
3.
Mas é bom que se fale de antemão
que, no Bar do Bigode & Xororó,
tem horário que serve pra estar só,
mas tem hora que serve à multidão.
Muito embora eu evite afobação,
vez por outra me ajunto ao falatório.
Então ligo o botão do aleatório
pra falar só de assunto palatável,
ou achar em conversa descartável
o problema fechado no escritório.
4.
Ir a Roma e não ver o Papa é o mesmo
do que vir ao Bigode e não pedir
um torresmo; e se o moço preferir,
o limão, que se pinga meio a esmo,
unge a carne e a banha do torresmo.
Minha boca secou-se na peleja.
Vou pedir ao garçom uma cerveja
mais gelada que a ponta do iceberg.
O meu braço no alto o copo ergue
que nem padre com o Santo Graal na igreja.
5.
Bigode & Xororó louvado seja
esse bar que jamais saiu de moda
frequentado por gente da alta roda
mas também pela gente sertaneja.
Lá não tem preconceito mira e veja!
Basta ver que por todos é benquisto,
do Dr. ao gari, que, pelo visto,
Só se vê no país de Pindorama.
Abre, então, a torneira da CESAMA.
Enche o copo que canto ao povo misto!





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