O ano era 2002. Ano-novo tinindo e trincando. Recém aprovado no vestibular de História, resolvi curtir então férias dignas de quem havia tirado dos ombros um peso razoável.
Sempre em minha companhia, amigos de infância, dos quais eu nunca me separei - ainda que em carinho e afeto - rodávamos todos butecos, biroscas, espeluncas, quebradas, de todos os tipos e gostos, sempre em busca da cerveja gelada, de preço honesto.
Posso dizer que nessas incursões pelos rincões da Princesa de Minas adquiri imenso carinho e apego pela vida boemia. Nos finais de tarde, com sol caindo e refletindo no Paraibuna, nas madrugadas cheias de surpresas, no amanhecer que demandava sempre a saideira. Geralmente essa, numa padaria, mas isso é outra história.
Quem busca o boteco, busca vida. Convívio pleno, interação,integração. A faceta mais viva da sociabilidade humana. E era isso que ousávamos buscar pelas ruas da cidade. Era comum terminarmos as noitadas na companhia das figuras mais ilustres que habitam a noite da cidade. Sambistas, bebuns, meretrizes, punguistas, amigos e amigas feitos por ali, a cada gole, a cada tira-gosto.
Sempre em minha companhia, amigos de infância, dos quais eu nunca me separei - ainda que em carinho e afeto - rodávamos todos butecos, biroscas, espeluncas, quebradas, de todos os tipos e gostos, sempre em busca da cerveja gelada, de preço honesto.
Posso dizer que nessas incursões pelos rincões da Princesa de Minas adquiri imenso carinho e apego pela vida boemia. Nos finais de tarde, com sol caindo e refletindo no Paraibuna, nas madrugadas cheias de surpresas, no amanhecer que demandava sempre a saideira. Geralmente essa, numa padaria, mas isso é outra história.
Quem busca o boteco, busca vida. Convívio pleno, interação,integração. A faceta mais viva da sociabilidade humana. E era isso que ousávamos buscar pelas ruas da cidade. Era comum terminarmos as noitadas na companhia das figuras mais ilustres que habitam a noite da cidade. Sambistas, bebuns, meretrizes, punguistas, amigos e amigas feitos por ali, a cada gole, a cada tira-gosto.
Eu e meu grande amigo, Dyogo Barros, com quem fui criado desde os 3 anos de idade gostávamos de iniciar nosso trajeto etílico no saudoso Bar do Macedo, que localizava-se na parte baixa da Rua São João. Macedo era um português, mau humorado, bravo, devoto de Nossa Senhora de Fátima e Salazarista até o talo. Nos divertíamos vendo a turma fazer raiva no Macedo, enquanto as geladas desciam como água.
De lá era comum irmos a um dos mais simpáticos e acolhedores botecos da cidade. O Bar da Sidnéia, localizado no Mercado Municipal da cidade. Pela posição estratégica, era ponto de encontro de toda uma rapaziada da Zona Leste da cidade que atravessava a ponte para curtir os sambas e pagodes desse lado, e claro, antes fazer um esquenta no louvado boteco em questão.
A cerveja sempre gelada descia em ritmo frenético, de lá pra cá. Muita movimentação, conversa, encontros e desencontros. Nunca era preciso marcar com ninguém. Era só chegar lá, e pronto, encontraria com todos camaradas das antigas.
Para espantar a fome, Sidnéia mandava bronca numa isca de peixe de alto nível, crocante, de preço honesto, que vendia como água (ou cerveja). Em caso de emergência, leia-se tomar uma cachaça, era só solicitar uma tira de torresmo, já pronta enfeitando a estufa.
O clima agradável era coroado pelo ambiente do mercado. Amplo, arejado, cheio de cores e cheiros.
A regra número 1 de nossas andanças era sempre emendar meia caixa, sem o compromisso cumprido, nada de deixar a batalha. E ao final da empreitada, que geralmente acabava por volta de onze da noite, promovíamos um estica no Bar do Vagner, na Francisco Bernadino, na companhia de figuras que não conhecíamos mas que faziam parte de nossos momentos por ali.
Alegres e tristes histórias que adentravam a madrugada, de trabalhadores brindando seus benditos finais de semana que chegavam, tristes homens calados que observavam tudo ao seu redor, por detrás de seus copos.
Paródia de Nos Barracos da Cidade, Liminha e Gilberto Gil.
ResponderExcluirNos Botecos da cidade
vai empregado, vai patrão.
Lá não entra falsidade e
discriminalização.
Nego bebe com vontade,
pede logo uma porção,
fala alto, ô amizade, iôiôiô
desce outra, meu irmão!
ôuôuôôô
cerva estúpida
ôuôuôôô
cerva estúpida
ei, querido!
ResponderExcluirdepois de diversas tentativas de comentar por aqui, parece que só agora, blogada que sou, consigo acesso aos botecos (virtuais) juizforanos (me recuso a sucumbir ao hifen maldito! rs)... ainda bem que aos botecos de concreto já tenho acesso faz tempo, quase com carteirinha de sócia proprietária, né? rs...
vou comentar mais vezes! visitar, já faço há tempos. =)
e semana santa, rola aquela cerveja? já falei com a cecí, chego na manchester mineira na 4a biruta do bahamas.
beijo beijo.